segunda-feira, 23 de abril de 2012

Repórter TVI' homenageia a Coragem de Ensinar

“Coragem de Ensinar” é uma reportagem da jornalista Conceição Queiroz, com imagem de Gonçalo Prego e montagem de Miguel Freitas. Será emitida no dia 23 de Abril, no “Jornal das 8”.
O “Repórter TVI” ouviu testemunhos de professores que enfrentam as dificuldades que decorrem da experiência de trabalhar com alunos que lhes transformam a vida num inferno, sem deixar de dar voz aos estudantes que provocam esses conflitos.
O que aconteceu para que o professor perdesse prestígio e autoridade? Os professores queixam-se da extrema indisciplina vivida na sala de aula, das ameaças e do desrespeito. Também reconhecem que a classe perdeu prestígio com o passar dos anos.
Mais de 4 mil ocorrências de natureza criminal em contexto escolar foram participadas no ano letivo 2010/2011, no âmbito do programa Escola Segura. O Observatório de Segurança em Meio Escolar registou quase 250 casos de agressões contra professores e funcionários. Ofensas à integridade física, injúrias, vandalismo ou furtos são alguns dos crimes detetados.
in Destak 22-04-2012
imagem: Google

quarta-feira, 18 de abril de 2012


PISA: relatório revela reconhecimento do trabalho
dos professores pelos seus alunos

TELEVISÃO NÃO NOTICIOU...(Porquê? Quem sabe...)


Nem o Miguelito Sousa Tavares. Porque será???
Ora, aqui está algo para animar a malta!
Jornal de Cascais - Domingo, 9 de Janeiro de 2011
Uma Ovelha Negra Não Estraga o Rebanho

No meio da crise sócio/económica e do cinzentismo emocional instalado no país há vários meses, eis que o relatório PISA trouxe algumas boas evidências para Portugal.
E a melhor de todas, a que considero verdadeiramente paradigmática, foi omitida pela maioria dos órgãos de comunicação social: Mais de 90% dos alunos portugueses afirmaram ter uma imagem positiva dos seus professores!
O relatório conclui que os professores portugueses são os que têm a imagem mais positiva de entre os docentes dos 33 países da OCDE, tendo em 2006 aumentado 10 pontos percentuais.
O mesmo relatório conclui que os professores portugueses estão sempre disponíveis para as ajudas extras aos alunos e que mantêm com eles um excelente relacionamento.
Estas evidências são altamente abonatórias para os professores portugueses e deveriam ter sido amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação social (e pelos habituais "fazedores de opinião" luxuosamente remunerados que escrevem para os jornais ou são comentadores na rádio e na televisão) que ostensivamente consideram os professores do ensino básico e secundário uma classe pouco profissional, com imensos privilégios e luxuosas remunerações...
Uma classe profissional que deveria ser acarinhada e apoiada por todos, que deveria ter direito às melhores condições de trabalho (salas de aula, equipamento, formação, etc.) e que tem sido maltratada pelo poder político e por todos aqueles que tinham o dever de estar suficientemente informados para poder produzir uma opinião isenta para os demais membros da comunidade.
Ao conjunto destas evidências acresce outra, onde o papel do professor é determinante: a inclusão.
O relatório revela-nos que Portugal é o sexto pais da OCDE cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias sócio/económicas!
E ainda refere que o nosso país tem a maior percentagem de alunos carenciados com excelentes níveis de desempenho em leitura.
Nada acontece por acaso! Os professores portugueses são excelentes profissionais, pessoas que se dedicam de corpo e alma aos seus alunos, mesmo quando são vilipendiados e ofendidos por membros de classes profissionais tão corporativistas (ou mais!) que a dos professores!

Como diz a quase totalidade dos alunos, os professores são excelentes pessoas que estão sempre disponíveis para ajudar os seus alunos. Esta é que é a realidade dos professores das escolas do ensino básico e secundário!
Obviamente que, como em todas as demais classes profissionais, haverá exceções à regra, aqueles que não cumprem, não assumem as suas responsabilidades, não justificam o ordenado que recebem.
Mas, assim como uma andorinha não faz a primavera, também uma ovelha negra não estraga um rebanho.
Pergunta-se: porque se escondem os arautos da desgraça, detentores da verdade absoluta, que estão sempre na linha da frente para achincalhar os professores do ensino básico e secundário. Estranha-se o silêncio.

Margarida Rufino in Jornal de Cascais [distribuído por correio eletrónico]