segunda-feira, 4 de junho de 2012

JUNTAM-SE ESCOLAS COMO EMBALAGENS DE FIAMBRE


Secretário de Estado de Cavaco Silva critica política educativa

“Juntam-se escolas como embalagens de fiambre”

Joaquim Azevedo, secretário de Estado do Ensino no segundo Governo de Cavaco Silva, teceu duras críticas à política educativa dos últimos anos. “Os mega-agrupamentos são a evidência do desnorte da administração central. Juntam-se escolas como embalagens de fiambre, aperta-se um pouco e cabe sempre mais uma”, afirmou o professor universitário na conferência ‘Autonomia e Inovação Curricular: Olhares Diferenciados’, organizada esta quarta-feira pela Comissão de Educação da Assembleia da República.

“Tanta precipitação, tanta falta de estudo, tanto autoritarismo”, criticou Azevedo, considerando que “a administração central não está disponível para abdicar do seu poder” e atribuir mais autonomia às escolas.
Helena Peralta, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, também foi muito crítica da forma como são feitas em Portugal as reformas curriculares. “Nos outros países europeus, as reformas curriculares são pensadas, estruturadas. Aqui mudamos porque sim. E isto, senhores representantes do povo, é um perigo”, avisou, dirigindo-se aos deputados de todas as bancadas parlamentares presentes, propondo “uma constituição para a Educação”. “Já temos a lei de bases mas não é cumprida, uma constituição obrigaria mais”, disse.
A deputada bloquista Ana Drago criticou a forma casuística como foi feita a revisão curricular: “O ministro Nuno Crato, como diz a música, teve um ‘feeling’, e trocou umas disciplinas por outras.”
Por seu lado, a deputada comunista Rita Rato exigiu a “urgente suspensão da revisão curricular”.
Inês Teotónio Pereira, do CDS-PP, depois de diversos intervenientes terem defendido que a revisão curricular vai levar ao despedimento de muitos professores, afirmou que “com o reforço da carga horária em disciplinas estruturantes até podem ser precisos mais professores”.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, que assistiu à conferência, considerou “ridícula” a afirmação da deputada, frisando que “mesmo que entrem alguns professores por esta via, são muitos mais os que vão para a rua”.
Acácio Pinto, do PS, afirmou que “o Governo faz o discurso da autonomia das escolas mas revela um centralismo absoluto na acção”. Já Maria Ester Vargas, do PSD, considerou que a revisão curricular “foi uma decisão tomada de forma partilhada, após mais de 1600 contributos”.
Antes, já diversos intervenientes tinham criticado o Governo por não ter tido em conta os contributos apresentados.

In "Correio da Manhã" online de 04-06-2012

domingo, 3 de junho de 2012

 COMUNIDADE ESCOLAR DA MÃE DE ÁGUA NÃO BAIXARÁ OS BRAÇOS!!!!!

A escola de ensino básico da Mãe de Água, designada por EB1 Nº9, cresceu com o Agrupamento de Escolas  Paulo Quintela. Esta escola além de crescer com este agrupamento, também o fez crescer.
A EB1 Nº9 (Escola Básica da Mãe de Água) está, desde então, ligada como que por um cordão umbilical ao Agrupamento de Escolas Paulo Quintela, porquanto ela, a escola e comunidade escolar, se identificam com o seu Projeto Educativo, o afinal Nosso Projeto Educativo, que se construíu e continua a construir em estreita sintonia pedagógica, organizacional e até “emocional”.
Toda a Comunidade Escolar da Mãe de Água, pais, alunos… não podem, de modo algum aceitar o corte intempestivo/incompreensível/desajustado deste cordão umbilical, quebrando a funcionalidade pedagógica e concertada de um todo de que esta escola faz parte, que só interesses políticos o justificam, interesses que esta comunidade escolar não comunga.
A Comunidade Escolar da Mãe de Água, está revoltada e, nomeadamente os pais e/ou Encarregados de Educação, que não foram tidos nem achados no processo, iniciaram já várias tomadas de posição, na cabal defesa dos seus anseios, reais e legítimos interesses e continuarão a  lutar até às ultimas consequências, nem que para tal, entre outras medidas, tenham que, em bloco, pedir a transferência dos seus educandos.




Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.


 É pois necessário mudar a sociedade, de modo a que as políticas de "interesse" de alguns dos seus elementos, tão desastrosas e desestabilizadoras, não destruam a educação e a sociedade.


A política deve estar ao serviço da Educação e não a Educação ao serviço da política. É certo que as duas se podem complementar quando há transparência e sentido de estado. O compromisso política-educação terá de atender às condições reais e objetivas, pois a educação deve ser tratada como política de Estado e não como política de cada governo ou de cada autarquia.


A Comissão de Pais da Escola da Mãe de Água - Bragança

Desabafo de um professor que gostava de ser professor.

Reorganização curricular 

Sinto que mais uma vez não se pega o touro pelos cornos? É assim a modos como uma pega de cernelha? Porque quanto ao Pré-escolar e ao 1ºCiclo nada de fundamental.
Transição obrigatória no 1º ano? Sim, continua a palhaçada. Planos de Recuperação, Planos de Acompanhamento? Sim, continua a palhaçada. Apoio ao Estudo para todos? Sim, continua a palhaçada com os EE a dizer que sim, que sim, que sim?
27 horas letivas! Sim que ao Apoio ao Estudo vão TODOS, que todos são filhos de gente! PCT? Sim, continua a palhaçada da burocracia. Monodocência coadjuvada, em expressões? Sim, continua a palhaçada? Apoios? Sim, continua a palhaçada da burocracia da articulação e mais planificações e relatórios e relatórios e relatórios dos relatórios, etc.? Das AEC s, do Apoio Educativo, da E. Especial, da coadjuvação, da articulação da atividade A com as restantes, da B com as restantes, das C com as restantes, da D com as restantes?
O 1º Ciclo é assim como um Aterro Sanitário da Educação! Tudo lá vai parar! Tudo quanto existe cai! É a própria gravidade pura! Não há tempo para o essencial! Não há tempo! É tudo Projeto: é o PNL, é o PAM, é o de E. Sexual, é o Ensino Exp. das Ciências, é o de F Cívica, é o de Área de Projeto, é o da CPCJ, é o do Centro de Saúde, é o da Biblioteca Municipal, é o da Câmara Municipal, é o da Proteção Civil, é o da articulação com o 2º Ciclo, é o da articulação com o 3º Ciclo, é o da articulação com o Secundário, é o da articulação com o Pré Escolar, é o da articulação com todos? E depois, planifique lá, faça esquemas e mostre lá como se articula cada um, com cada qual e cada um com as diferentes áreas curriculares disciplinares e com as áreas curriculares não disciplinares, e com as AEC s? E depois registe lá, também, os contatos Informais: com EE, com colegas, com e com e com e com? E depois, avalie lá o que planificou explanando toda a articulação: o que foi conseguido, o que não foi, o que fugiu à planificação, o que adaptou e porquê? O que introduziu e porquê? E depois faça lá umas grelhas com os resultados alcançados, um relatório? Corrido? Também. E já agora uns gráficos? E já agora mais do mesmo, mas, comparativos, período a período, e já agora compare lá com os resultados do ano passado? E já agora passe lá uns Inquéritos e faça lá o tratamento dos dados? E o relatoriozinho corrido? E já agora, não se esqueça de fazer a avaliação de cada atividade do PAA, de outras que surjam e de cada projeto com os seus alunos, pois existem documentos para o efeito?
Folhas para fotocópias, toner, etc. e tal é que não! E já agora, Não se atrevam a dizer que não! Não falo de ouvir falar: falo porque esta é a realidade! NÃO TENHO ESPAÇO, NÃO TENHO TEMPO PARA O ESSENCIAL. Estou farto! GOSTAVA DE SER SÓ PROFESSOR!

(via mail - autor desconhecido vs realidade bem conhecida.)

Quem não comunga desta realidade?!!!!!

sábado, 2 de junho de 2012

PROFESSORES ESTÃO A SER TRATADOS COMO MOBILIÁRIO!!!....

Uma vergonha, é o que se está a passar em Bragança!!!
Os docentes  desta cidade e concelho estão a ser tratados como se peça de mobiliário da escola se tratasse.
Alguns senhores da "Carta Educativa", estão a esquecer-se que são professores e estão a esquecer-se dos professores...dos seus direitos legais, do seu direito de opção, do seu direito de ser ouvido!!!! É que os professores, em causa, não foram tidos nem achados!!!!
Pois é... é que quando uma carta educativa, querendo salvaguardar interesses obscuros (ou não, porque para o cidadão informado, são claros como a água), tapados com a "peneira" da continuidade pedagógica, entende colocar no seu articulado (5.13.) que "os professores... cujas escolas mudam de agrupamento deverão transitar com os alunos para o novo agrupamento", não estão senão a  converter estes docentes em peças de mobiliário. Será que não se enxergam? Então estes senhores esqueceram a legislação de concursos, o Estatuto da Carreira Docente....?!!! 
É certo, que já no meu tempo de menino ouvia dizer que "as leis vão para onde querem os reis"!!! Mas, mesmo assim esses "reis" (que o não são... mas que por "graça" do "divino espírito santopolítico???" adquiriram esse poder!!!!) não têm tempo de mudar o Estatuto da Carreira Docente e toda a legislação que o complementa, digo eu!!!! Pois, mas vem um despacho e resolve... claro!!!! Quem se "lixa" é o mexilhão !!!!

Não chegou já a falta de transparência em todo o processo, que decorreu da ocultação de dados fundamentais, agora ainda querem completar o "imbróglio"´com mais esta arbitrariedade e monstruosidade que, para já, se afigura ilegal?!!!

Por que diabo um professor do quadro de um agrupamento, que está numa determinada escola que vai passar para outro agrupamento, tem que acompanhar uma escola que já não é do agrupamento a cujo quadro pertence? Se o professor tem lugar noutra escola do agrupamento a cujo quadro pertence é para aí que legalmente tem de ir (respeitando a graduação profissional), doa a quem doer!!!  E sabemos que dói a muita "boa" gente....
Não queiram deitar poeira para os olhos e contribuam para um estado que se quer de direito.
Não atropelem ninguém para conseguir objetivos que em nada dignificam o ensino a edilidade e a cidade.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

2012-06-01 às 12:44

CONCLUÍDA 2ª FASE DO PROCESSO DE AGREGAÇÃO DE ESCOLAS

O Ministério da Educação e Ciência, através da Secretaria de Estado do Ensino e da Administração Escolar, concluiu o processo de agregação de escolas para o próximo ano letivo, após mais de 400 reuniões entre as Direções Regionais de Educação e escolas, agrupamentos e autarquias. Às 115 novas unidades orgânicas definidas na primeira fase, juntam-se agora mais 37, sendo 35 novas agregações e duas novas unidades orgânicas resultantes de uma desagregação. Esta informação foi transmitida ontem, dia 31 de maio, às Direções Regionais da Educação para que contactassem as escolas e autarquias.
Nesta segunda fase foram apresentadas propostas e soluções inovadoras pelas autarquias, consensualizadas com os agrupamentos e escolas não agrupadas no respetivo município. Nalguns casos, estas propostas das autarquias ultrapassam o limite de alunos previamente definido, mas pela especificidade dos casos mereceram a concordância do MEC. Ficou ainda definida a desagregação do Agrupamento de Escolas de Alter do Chão (Portalegre), autonomizando o Agrupamento de Escolas de Alter do Chão e a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão. Permite-se assim à escola profissional o desenvolvimento do seu projeto educativo, que apresenta especificidades próprias e características únicas.
O processo de agregações ocorreu através de um amplo diálogo em que a maioria dos intervenientes manifestou o seu acordo. Os agrupamentos criados têm uma dimensão racional, e têm em conta as características geográficas, a população escolar e os recursos humanos e materiais disponíveis.
Os novos agrupamentos permitem reforçar o projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas, através da articulação dos diversos níveis de ensino, do pré-escolar ao secundário. Possibilitam que os alunos realizem todo o seu percurso escolar no âmbito de um mesmo projeto educativo, se assim o desejarem. Facilitam o trabalho dos professores, que podem contar com o apoio de colegas de outros níveis de ensino, e ajudam a superar o isolamento de algumas escolas. Permitem também racionalizar a gestão dos recursos humanos e materiais das escolas, dando-lhes o melhor aproveitamento possível. Os estabelecimentos de ensino mantêm a sua identidade e denominações próprias, recebendo o agrupamento uma designação que o identifique.
Com a conclusão da segunda fase deste processo - quase dois meses antes do que em 2010 -, fica assegurada uma preparação atempada e tranquila do ano letivo de 2012/2013. O Ministério da Educação e Ciência reitera o compromisso de terminar a reorganização da rede escolar antes do início do ano letivo de 2013/2014.
  fase da agregação de escolas - novas unidades orgânicas  
(Clica aqui para ver grelha)

 01-06-2012  - 17:48
MINISTÉRIO TERMINOU  AGREGAÇÃO DE ESCOLAS
LEIA-SE : JORNAL DE NOTICIAS ONLINE



Revisão da Estrutura Curricular: 
MEC divulgou novas grelhas
31-05-2012
Clicar aqui (acesso às novas grelhas)



CONCLUÍDA PRIMEIRA FASE DAS AGREGAÇÕES DE ESCOLAS
18-05-2012 - 18:28

Após mais de 350 reuniões entre as Direções Regionais de Educação e escolas, agrupamentos e autarquias, o Ministério da Educação e Ciência concluiu a primeira fase das agregações de escolas para o próximo ano letivo. Este processo resultou em 115 novas unidades orgânicas, conseguidas através de um amplo consenso em que, em cada caso, a maioria dos intervenientes manifestou o seu acordo. Os agrupamentos agora criados têm uma dimensão equilibrada e racional, e têm em conta as características geográficas, a população escolar e os recursos humanos e materiais disponíveis. As agregações agora efetuadas permitem reforçar o projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas, através da articulação dos diversos níveis de ensino, do pré-escolar ao secundário. Permitem que os alunos realizem todo o seu percurso escolar no âmbito de um mesmo projeto educativo, se assim o desejarem. Facilitam o trabalho dos professores, que podem contar com o apoio de colegas de outros níveis de ensino, e ajudam a superar o isolamento de algumas escolas. Permitem também racionalizar a gestão dos recursos humanos e materiais das escolas, dando-lhes o melhor aproveitamento possível. Os estabelecimentos de ensino mantêm a sua identidade e denominações próprias, recebendo o agrupamento uma designação que o identifique. Apesar de largamente concluído no essencial, o diálogo com as autarquias, escolas e agrupamentos continua a ser desenvolvido em alguns concelhos e propostas de agregação. Entre estas encontram-se algumas propostas dos intervenientes que ainda não foram consensualizadas. 
O MEC está a analisar em detalhe as propostas apresentadas ou a aguardar pareceres dos diferentes intervenientes. A conclusão desta segunda fase será divulgada muito em breve, de modo a assegurar a preparação atempada e tranquila do ano letivo de 2012/2013. Todo o processo de reorganização da rede escolar estará concluído antes do início do ano letivo de 2013/2014.

Grelha publicada no site do ministério da educação no dia 18 de maio às 18h e 28m.


* O texto (integral) supra e a grelha foram retirados do site do ministério da educação.

 Esta é a proposta do ministério da Educação, que conforme sempre se soube, contemplava dois Mega Agrupamentos em Bragança e não três, o que vem contrariar a versão da autarquia que argumentava ser proposta do ministério a criação de 3 Mega agrupamentos.
A bem da estabilidade emocional e pedagógica nas escolas e nas famílias esperamos que o absurdo de desagregação de escolas pertencentes ao Agrupamento de Escolas Paulo Quintela não se concretize.
Esperamos se faça luz na próxima reunião e se contrariem políticas que em nada favorecem o ensino, mas sim e talvez interesses de bastidores.

21-05-2012